sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

                 A inveja que não mata 

A gente aprende desde pequeninas a ignorar alguns sentimentos "ruins", apenas por uma questão social. A inveja, a raiva e a angústia são normalmente sufocadas, enquanto aprendemos a ser boas meninas e agirmos como tal. Porque boas pessoas não sentem raiva, certo?

Só que, ao sufocarmos o que nos incomoda, viramos uma bomba-relógio. Não digo para sairmos por aí chutando todos os baldes, mas falo para observarmos melhor esses sentimentos.
Se sentimos ciúme, aos olhos dos outros é ruim. Mas pense: o que isso quer dizer? Qual o significado de uma perda na nossa vida? Qual o peso da insegurança? Isso te deixa paralizado? Se algumas situações perdem totalmente o controle, nada mais certo que fazermos uma análise do que nos incomoda, ao invés de "engolir sapos", o que acaba doendo muito mais.
Acredito que algumas impressões entram no imaginário popular apenas para nos deixar cada vez mais passivas. Mulheres são invejosas e homens são ambiciosos, por exemplo. Então, alguém coloca um "olho gordo" na sua vida, tudo dá errado e você acredita que a culpa é da sua vizinha. É mais ou menos como dizer que o seu destino não é você quem controla.


Essas idéias de "maldade" podem, sim, impulsionar a sua vida. Seu namorado acha a Angelina Jolie bonita e você morre de ciúme? Que tal começar uma dieta hoje? Fazer um curso de teatro? Pintar o cabelo, alongar, fazer exercícios? Até que um dia você descobre que bonita é você, que é esforçada, que é de carne e osso. A Angelina estava na tv e se tornou uma aliada na busca de quem você é.


o que eu quero dizer é que a gente não pode ficar se culpando porque está com raiva de alguém, porque quer matar aquela estagiária perua do escritório, porque quer esganar o chefe novo e incompetente. Usar isso como impulso para fazer as coisas melhores e sentir repeito pelo que nós somos é muito importante para tranformar o "ruim" no "bom". E a gente só faz isso com uma boa auto-aceitação.
A culpa, essa sim, é a nossa verdadeira inimiga.

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